SmartSalt

As atividades salineiras carecem de inovação tecnológica, visto que o processo ainda é todo concebido de maneira arcaica, baseando-se no método de tentativa e erro, testando diversos parâmetros sem embasamento científico, podendo muitas vezes esse conhecimento ser perdido com os profissionais devido à falta de disseminação deste. Na prática, a produção de sal ainda depende inteiramente dos chamados “feitores de sal”, homens e mulheres com décadas de experiência na atividade, e que são responsáveis por tomar decisões no âmbito da salina. Ações delineadas equivocadamente por estes podem impactar diretamente na produção, em questões relacionadas à quantidade e qualidade do produto gerado, como também causar impactos negativos ao meio ambiente, tendo em vista que sua principal matéria-prima é a água do mar. Dessa forma, essa fragilidade gera ameaças para esse setor, uma vez que ele é totalmente dependente do conhecimento prático das pessoas que produzem, além de não se ter um controle preciso de qualidade e nem de quantidade de produção. A partir de entrevistas realizadas com profissionais do setor salineiro, constatou-se que os sistemas informatizados disponíveis não atendem às necessidades dos produtores. Eles buscam ferramentas capazes de auxiliar na tomada de decisão em relação ao processo de produção, que incluem informações indispensáveis para garantir a qualidade do sal. Apesar de existirem ferramentas disponíveis no mercado, estas se concentram exclusivamente na gestão financeira, sem contemplar aspectos relevantes para a produção e a qualidade do sal, prejudicando assim o processo de tomada de decisão.